09/11/2023
Evandro tinha 6 anos quando desapareceu em 1992
A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) anulou nesta quinta-feira (9), por 3 votos a 2, as condenações dos acusados pela morte de Evandro Ramos Caetano, que ocorreu em 1992, em Guaratuba, litoral paranaense. Os desembargadores absolveram Beatriz Abagge, Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula Ferreira, que morreu em 2011. Entenderam que eles foram torturados para confessar.
Evandro tinha 6 anos quando desapareceu, em 1992, no trajeto entre a casa onde morava e a escola. O corpo do menino foi encontrado com sinais de violência e sete pessoas foram acusadas pelo crime. Celina e Beatriz Abagge, esposa e filha do então prefeito de Guaratuba, Aldo Abagge, foram acusadas de encomendarem o “sacrifício” da criança ao pai de santo Osvaldo Marcineiro. Os acusados sempre afirmaram que haviam confessado o crime sob tortura.
O caso teve cinco julgamentos. Em 1998, Beatriz e Celina foram inocentadas. O Ministério Público recorreu e um novo júri foi realizado em 2011. Neste julgamento, Beatriz foi condenada a 21 anos de prisão. Celina não foi julgada porque na época já tinha mais de 70 anos.
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