07/02/2022
Grupo que protestava contra o racismo interrompeu a missa

O secretário Ney Leprevost, de Justiça, Família e Trabalho está encaminhando nesta segunda feira um pedido formal para que a Polícia Civil investigue possível prática de crime em invasão de igreja e interrupção de missa que teria ocorrido no último sábado em Curitiba.
“Pessoas da comunidade me procuraram pra relatar que neste final de semana, extremistas de esquerda invadiram a Igreja Nossa Senhora do Rosário de São Benedito, no São Francisco, em Curitiba. Interromperam a missa, assustaram as velhinhas que rezavam, hastearam a bandeira do Partido Comunista, calaram o padre, subiram no altar e fizeram discursos políticos, inclusive contra a própria Igreja Católica. Isto é um absurdo, fere gravemente a Constituição Federal”, afirma o secretário.
“Até onde consegui me informar, o pretexto inicial para a manifestação que desencadeou o fato era justo, mas não tinha nada a ver com a igreja. Era um protesto contra o assassinato covarde do jovem congolês Moise, ocorrido na praia da Barra da Tituca, no Rio de Janeiro. Afinal, qualquer pessoa minimamente esclarecida, percebe que o racismo é um crime que ainda está incrustado na sociedade brasileira, muitas vezes com requintes de extrema crueldade,”avalia Ney.
Vídeos que circulam na internet, de fato, apontam para possível violação da lei. O que supostamente aconteceu na Igreja do Rosário fere a Constituição Federal e é crime previsto no Código Penal Brasileiro:”Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.”
“Intolerância religiosa é inaceitável, não pode ficar impune. Por isto, na condição de responsável pela pasta que tem o dever de levantar a bandeira dos Direitos Fundamentais estabelecidos pela Constituição Federal, Federal, estou enviando expediente formal a Polícia Civil pedindo que investigue os fatos deste final de semana”, afirma Ney.
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