10/04/2024
Plano de contingência pretende aliviar pressão no sistema

Com a alta demanda por atendimentos de saúde pressionando todos os pontos de atenção, principalmente o setor de Urgência e Emergência, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba coloca em prática um plano de contingência, a partir desta semana, com alterações nos fluxos de atendimento das UPAs.
“A ideia é modularmos o sistema da melhor forma para atravessarmos essa fase de grande pressão, que afeta não apenas o sistema público de saúde, como o sistema privado”, explica a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.
Neste momento, há um aumento de demanda e pressão no sistema causados pelos atendimentos de casos respiratórios, suspeitas de dengue e também crises hipertensivas e de glicemia nas UPAs.
Os hospitais, além disso, têm recebido bastante demanda ocasionada por traumas (principalmente acidentes de trânsito). E, ao contrário do que ocorria na pandemia, desta vez as cirurgias eletivas não foram suspensas pela SMS.
“Na pandemia usamos esse recurso de suspender as cirurgias eletivas algumas vezes para aliviar a pressão do sistema, mas entendemos que neste momento não podemos deixar de atender essas situações”, afirma a superintendente de Gestão em Saúde da SMS, Flávia Quadros.
A partir desta quarta-feira (10), o fluxo em Y utilizado várias vezes durante a pandemia voltará a ser adotado gradativamente nas UPAs do município, neste período de maior alta de demanda por atendimento.
O fluxo em Y prevê um eixo de atendimento específico para casos respiratórios e pacientes com suspeita de dengue e outro eixo para os demais atendimentos.
Além disso, será ampliada a carga horária dos médicos das UPAs e haverá a instalação de tendas, para melhor acomodar o atendimento, na UPA Boa Vista e UPA Cajuru, as mais impactadas neste momento.
Haverá, ainda, a exemplo do que já acontece na UPA Fazendinha, a expansão, a partir da próxima semana, da estratégia das cabines com conexão direta para teleatendimento de casos leves pela Central Saúde Já Curitiba, nas UPAs Boa Vista, Sítio Cercado e Cajuru.
As UPAs do município, ainda, poderão ter, quando necessário, parte dos leitos direcionados para internamento hospitalar, funcionando como unidades de retaguarda dos hospitais do SUS Curitibano.
Em março de 2024, a média de pessoas atendidas nas UPAs foi de 4.285 por dia, um número 25% maior comparado ao mesmo mês do ano passado.
Em janeiro deste ano, as UPAs atendiam, em média, a 3.223 pacientes por dia. Ou seja: dois meses depois, as unidades passaram a receber mais 1.000 pacientes todos os dias.
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