27/11/2023
Foram salvos 474 animais vítimas de acidentes ou maus-tratos

No meio da imensidão dos mais de 1,7 mil hectares que formam o Parque Estadual do Palmito, em Paranaguá, uma pequena casa de 35 metros quadrados chama a atenção pelo entra-e-sai constante. É lá que funciona o Pronto Atendimento de Animal Silvestre (PAS) do Litoral do Paraná. Desde a implementação do complexo pelo Instituto Água e Terra (IAT), no segundo semestre de 2022, foram salvos 509 bichos que vivem na natureza, aqueles que não têm (ou não deveriam ter) contato com os humanos, entre aves, répteis, mamíferos e anfíbios, entre outros.
A estrutura é enxuta, com custo mensal estimado em R$ 10 mil, mas faz toda a diferença para os animais vitimados por caçadores, criminosos ou feridos em acidentes. Funciona no antigo depósito de um dos laboratórios da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e com um veterinário e um biólogo, ambos residentes, e um técnico em Meio Ambiente e estudante de Biologia, que atua como bolsista.
Esse espaço será ampliado por meio do pagamento de compensações ambientais por parte do Porto de Antonina. Com investimento de R$ 85 mil, está em construção uma nova área para manejo das aves, com local específico para testes de voo.
“Trabalhamos com as condicionantes como contrapartidas aos licenciamentos, abrindo possibilidade de ter mais recursos para alimentação, equipamentos de manejo e de proteção individual (EPI). Além disso, nos permitiu fazer construções como essa área de manejo”, afirma o técnico em Meio Ambiente e responsável pelo setor de destinação e manejo de animais silvestres do IAT, Rafael Galvão.
“Recebemos muitas aves, mas não conseguimos testar se ela está voando e em condições de retornar à natureza. Por isso esse manejo é importante. Além disso, do lado externo da nova estrutura haverá um tanque para soltar os quelônios (tartarugas)”, acrescenta.
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