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Projeto analisa zoonoses relacionadas a javalis no Paraná

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • 24 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

24/04/2021


Projeto é voltado à integração entre saúde humana, saúde animal e o ambiente



Em meio à vegetação nativa do Parque Estadual de Vila Velha, um cercado de madeira é uma espécie de armadilha para capturar javalis que circulam pelo local. Ao mesmo tempo, no Centro de Visitantes, um grupo de enfermeiros coleta amostras de sangue dos funcionários do Parque. À primeira vista, as duas atividades parecem desconexas, mas fazem parte do mesmo projeto de pesquisa, coordenado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), em parceria com o Instituto Água e Terra (IAP), Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Universidade Federal do Paraná e Instituto Carlos Chagas – Fiocruz Paraná, com financiamento da Fundação Araucária.


O projeto é voltado para a Saúde Única, integração entre saúde humana, saúde animal e o meio ambiente. São várias ações: o mapeamento da fauna nativa e exótica das Unidades de Conservação do Paraná, o controle da população de javalis (Sus scrofa), a análise das doenças na vida selvagem dos parques e das zoonoses nos servidores que convivem com esses animais.


São quatro cercados no Parque Estadual de Vila Velha, cada um em uma área diferente. Em meio à mata, coberto por árvores; em um descampado; próximo a um arroio; e em uma área mais limpa, próxima a uma vertente. A equipe estuda instalar armadilhas em outros locais para ampliar a área de abrangência.


O professor Leandro Lipinski, médico veterinário e chefe do departamento de Medicina da UEPG, passa periodicamente pelos quatro cercados e verifica se algum javali foi capturado, além de repor o milho utilizado para atrair os animais. Em um dos cercados, apontou a pegada no chão enlameado; em outro, as pegadas pequenas eram de outra espécie.


Segundo o procedimento, depois de capturado, ele é abatido e é realizada a coleta de amostras de sangue para verificar as doenças com que o javali teve contato.


Na UEPG, o projeto é coordenado pelo professor Giovani Marino Favero, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, e, além de Leandro Lipinski, participam também os professores Denilton Vidolin, do Departamento de Biologia, e o professor Renato Bach, do Departamento de Medicina, além da colaboração de servidores do Hospital Universitário.


“O projeto envolve essa relação do homem com o meio ambiente, uma relação sempre em mudança”, aponta Giovani Favero. “Temos um animal exótico, que foi inserido nesse meio ambiente e já está naturalizado em todo o País, e agora a questão é verificar como essa interação interfere na resposta imunológica desses indivíduos que trabalham nos parques e estão no ambiente rural”.

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