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Professora que puxou cabelo de aluna com Síndrome de Down é indiciada por maus-tratos

Caso foi registrado no final do mês passado na Apae de Irati


06/06/2024



A professora Cleonice Aparecida Alessi Glinski, filmada puxando o cabelo e empurrando para dentro da sala de aula uma aluna da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, na região central do Paraná, foi indiciada por violência arbitrária e maus-tratos.


A vítima foi uma jovem de 19 anos que, segundo os pais, também é uma pessoa não verbal e tem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). A agressão foi gravada em 15 de maio por uma câmera de segurança da instituição e chegou aos pais por meio de uma denúncia anônima.


O indiciamento foi realizado pela Polícia Civil (PCPR) na quarta-feira (5). Além dela, um servidor também foi indiciado porque soube do caso e não denunciou. O nome dele não foi revelado. O entendimento da polícia é que o servidor cometeu corrupção passiva privilegiada.


Com isso, o caso foi para o Ministério Público do Paraná (MPPR), que pode, ou não, denunciar a professora e o servidor.


A defesa de Cleonice disse que "já tem ciência do indiciamento pelo delegado, razão pela qual se manifestará em momento oportuno". Durante as investigações, a defesa da professora disse que ela não teve a intenção de maltratar a aluna.


O advogado que representa a Apae, Schubert Lúcio de Souza, disse que a instituição tomou as medidas administrativas cabíveis sobre a professora tão logo soube do caso. Sobre o indiciamento da servidora, afirmou que a Apae ainda não foi oficialmente notificada.


Conforme a Polícia Civil, a professora se excedeu na forma de conter a aluna e utilizou de violência no ato. A polícia entendeu que a atitude da professora foi isolada, sem existir indícios de outros casos de agressão na instituição.


No indiciamento, a polícia também representou para que a professora não possa mais frequentar a Apae. Pouco tempo após o caso se tornar público, Cleonice teve o contrato com a instituição encerrado.


Na época do crime, os pais da vítima falaram que estavam chocados e, por conta do caso, pararam de mandar a jovem à instituição.

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