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Professor da rede estadual do Paraná participa de missão humanitária no Malawi

02/08/2023


Sadi Nunes da Rosa foi escolhido para integrar uma caravana pedagógica no campo de refugiados Dzaleka



O destino das férias de julho deste ano foi mais longe do que o esperado para o professor da rede estadual de ensino Sadi Nunes da Rosa: pelo menos 8.739 quilômetros de distância do Colégio Estadual Cívico-Militar Novo Horizonte, em Toledo (Oeste do Estado), onde é diretor. Ao lado de outros 15 profissionais da educação voluntários de todo o Brasil, Sadi foi escolhido para integrar uma caravana pedagógica no campo de refugiados Dzaleka, no Malawi, país da África Oriental.


A ação é promovida pela ONG Fraternidade Sem Fronteiras (FSF), cujo foco é o trabalho humanitário. O professor da rede estadual embarcou no começo do mês passado e retornou ao Brasil nesta quarta-feira (2).


Na missão, além da experiência, poucas roupas, alguns materiais escolares e vários bilhetes escritos à mão por alunos da rede estadual, resultado prático de um dos trabalhos realizados em sala no primeiro semestre. “Um dos temas abordados foi a situação vulnerável na qual vivem tantos refugiados ao redor do mundo e a dificuldade que tantos jovens em idades semelhantes às dos nossos alunos sofrem para alcançar a educação básica”, revela Sadi.


A ida do professor à missão contou com a participação dos alunos das turmas do sexto, sétimo e oitavo anos do período da manhã do colégio Novo Horizonte. A faixa etária dos estudantes da rede estadual é a mesma dos 436 matriculados na escola do campo de refugiados do Malawi, que oferta ensino infantil e primário.


Além das cartas, os alunos também contribuíram com doações de itens como cadernos, lápis, canetas, borrachas e giz de cera. “Foi uma ação importante de aprendizado e de solidariedade, em que nossos alunos puderam entender o significado do gesto humanitário, doando, em alguns casos, um único lápis ou uma única borracha, mas cuja simbologia significa muito para a criança ou adolescente de um lugar tão vulnerável, como é o campo de refugiados”, diz o professor.

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