Informação partiu nesta sexta-feira do diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues
07/06/2024

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, informou nesta sexta-feira (7) que vai encaminhar ao governo argentino, na semana que vem, uma lista com 65 pedidos de extradição de pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e que estariam refugiadas no país vizinho.
"Vamos listar todos os condenados que possivelmente estejam na Argentina e encaminhar os pedidos de extradição, tudo em articulação com o Ministério de Relações Exteriores e Supremo Tribunal Federal", disse Andrei Passos.
Depois, segundo ele, a equipe da Polícia Federal, em articulação no âmbito policial, pedirá que os nomes dos foragidos sejam incluídos na "rede Anfast de capturas da Ameripol", a comunidade de polícias das Américas.
Depois que o Brasil encaminhar os pedidos de extradição de golpistas que se refugiaram no país vizinho, eles serão julgados pela Justiça argentina. O julgamento fica suspenso, porém, caso existam pedidos de refúgio. A PF tem a informação de que alguns destes pedidos já foram feitos ao governo argentino.
Nesse caso, o pedido de extradição somente seria analisado depois que o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) argentino analisasse o pedido de refúgio. Ou seja, se o Conare conceder o refúgio, o julgamento da extradição não seria feito. Se for recusado, o pedido de extradição iria a julgamento.
Nos bastidores do governo Lula, a dúvida é sobre a reação do presidente argentino Javier Milei, que é próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Nas palavras de um assessor direto de Lula, será um teste para a relação entre os dois países, ou seja, se a Argentina irá seguir os caminhos jurídicos internacionais ou tomará uma posição política no caso.
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