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PF faz operação contra esquema internacional de lavagem de dinheiro em Curitiba

17/09/2024


A Operação Vagus investiga a movimentação de mais de R$ 82 milhões



Um esquema internacional de lavagem de dinheiro é alvo da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (17/9). A Operação Vagus investiga a movimentação de mais de R$ 82 milhões de origem ilícita (câmbio ilegal e tráfico de drogas) em Curitiba e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Oito mandados judiciais são cumpridos nas cidades do Paraná.


Além do Paraná, a operação ocorre em outros quatro estados: São Paulo (São Paulo e São Caetano do Sul), Rio Grande do Norte (Natal), no Mato Grosso do Sul (Ponta Porã) e Rio Grande do Sul (Chuí, Bagé e Aceguá). Ao todo são cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, seis de prisão preventiva e quatro de prisão temporária, além de medidas cautelares.


A ação, que envolve 190 policiais federais e tem o apoio da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD). A investigação se concentra em cinco núcleos autônomos que teriam movimentado ao longo de dois anos mais de R$ 82 milhões de origem ilícita, em grande parte, provenientes de câmbio ilegal e tráfico de drogas.


Bloqueio de bens

A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de mais de R$ 82 milhões em bens relacionados aos grupos criminosos.


O esquema de lavagem de dinheiro de amplitude internacional envolve bancos paralelos que se utilizam de pessoas físicas e jurídicas para movimentação de recursos de origem ilícita, direcionando depósitos e transferências bancárias para terceiros utilizados como laranjas e para comércios, principalmente supermercados, sediados em regiões de fronteira do Brasil. Posteriormente, os recursos são evadidos para casas de câmbio no exterior e permanecem à disposição das organizações criminosas.


A Operação Vagus é um desdobramento da Operação Operador Fenício II, deflagrada em novembro de 2022, que investigou crimes financeiros perpetrados na região fronteiriça entre Brasil e Uruguai. Naquela ocasião, voltou-se o foco para empresa localizada no Chuí/RS, suspeita de receber grandes quantias de dinheiro de origem ilícita, com fortes indícios de envolvimento em lavagem de dinheiro e evasão de divisas.


Mesmo depois de realizadas ações policiais, as atividades ilícitas persistiram, o que resultou na identificação de novos atores e núcleos componentes de uma rede criminosa internacional voltada para a lavagem de ativos ilícitos provenientes de diversos crimes.

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