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PF assume investigação sobre incêndio da Cinemateca Nacional

30/07/2021


Polícia Federal pediu apoio a peritos do RJ para ajudarem na apuração



A Polícia Federal (PF) assumiu nesta sexta-feira (30) a investigação sobre as causas e eventuais responsabilidades pelo incêndio que atingiu o galpão da Cinemateca Brasileira, na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, na quinta-feira (29). O prédio foi interditado. Não houve vítimas, mas parte do acervo histórico de filmes foi atingido. Antes, o caso era investigado pela Polícia Civil.


O pedido para a PF apurar o caso foi feito pela Secretaria Especial da Cultura, responsável por administrar o galpão da Cinemateca. O motivo é que o local pertence ao governo federal. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou que a Polícia Civil deixou a apuração com a Polícia Federal.


A PF em São Paulo já abriu procedimento para investigar o incêndio na Cinemateca. Num primeiro momento, peritos do Instituto Nacional de Criminalística especializados em incêndios devem participar dos trabalhos. A PF também pediu apoio à perícia do Rio de Janeiro, que participou das investigações sobre o incêndio que atingiu o Museu Nacional, em 2018.


"A SSP informa que o caso foi encaminhado para a Polícia Federal que prosseguirá com as investigações. O Corpo de Bombeiros realizará nesta sexta-feira (30), fiscalização no local para constatar se o imóvel estava dentro das normas", informa o comunicado da pasta da Segurança do governo paulista.


Ainda na quinta-feira, a Secretaria da Segurança Pública havia divulgado uma outra nota à imprensa informando que, antes de o galpão ser atingido pelas chamas, o local possuía certificação dos Bombeiros, o chamado Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). O documento é usado para informar que um prédio possui equipamentos de segurança contra incêndio e pânico, previstos na legislação.


No último dia 20, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) alertou o governo federal, responsável pela Cinemateca, para o risco de incêndio no local. O incêndio ocorreu nove dias depois (saiba mais abaixo).


Nesta sexta-feira (30), os Bombeiros divulgaram nota para informar que, após o fogo no galpão da Cinemateca, irão ao local fiscalizar se ele estava mesmo regularizado e seguindo as recomendações de segurança contra incêndio.


A investigação inicial feita pela Polícia Civil seguirá para a Polícia Federal, também em São Paulo. Peritos policiais federais deverão ir ao galpão da Cinemateca para analisar o local que foi atingido pelas chamas.


De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo começou em um ar-condicionado de uma das salas que fica no primeiro andar. O aparelho passava por uma manutenção feita por empresa terceirizada contratada. Uma faísca teria dado início ao fogo, e a equipe não conseguiu controlá-lo.


Somente após a saída dos bombeiros do prédio é que a Defesa Civil poderá ir ao local para avaliar se a estrutura sofreu danos e se corre algum risco de desabar.


A Secretaria Especial da Cultura, que é subordinada ao governo federal, informou por nota 'lamentar profundamente' o episódio. O mesmo galpão já foi atingido por enchentes em 2020.


Até a última atualização desta reportagem a pasta federal não havia informado o que foi destruído pelas chamas na Cinemateca. No prédio, ficavam gravados 1 milhão de documentos da antiga Embrafilme, como roteiros, artigos em papel, cópias de filmes e documentos antigos. Alguns tinham mais de 100 anos e seriam usados na montagem de um museu sobre o cinema brasileiro.

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