PF abre inquérito para apurar se Bolsonaro prevaricou no caso Covaxin
- admjornale
- 12 de jul. de 2021
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12/07/2021
Investigação iniciou a partir de um pedido da Procuradoria-Geral da República, que foi autorizado pelo Supremo

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prevaricou no caso das supostas irregularidades na negociação da vacina indiana Covaxin.
A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República, e autorizada Supremo Tribunal Federal (STF). Após a autorização do STF, a PF pode começar as apurações.
O inquérito será conduzido pelo Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da PF, porque Bolsonaro tem foro privilegiado. O prazo inicial para conclusão das investigações é de 90 dias, mas pode ser prorrogado.
De acordo com a legislação, prevaricar consiste em "retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal".
O ponto de partida da investigação é o que foi revelado na CPI da Pandemia no dia 25 de junho pelo funcionário do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do departamento de logística, e pelo irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Eles afirmaram ter avisado a Bolsonaro, em março, sobre suspeitas de corrupção na negociação para a compra da vacina Covaxin.
A apuração vai esclarecer se houve ou não omissão de Bolsonaro a respeito das supostas irregularidades no processo de contrato da vacina, e também se o presidente, de alguma forma, se beneficiaria pessoalmente com isso.
Por 3 meses, o governo nada disse publicamente sobre as denúncias em torno da Covaxin. Depois que os irmãos Miranda a tornaram pública, o Palácio do Planalto já apresentou três versões.
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