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Pablo Marçal é alvo da AGU, que pede retratação

09/05/2024

Influenciador teria passado desinformação em suas redes



O influenciador Pablo Marçal se tornou alvo de uma ação judicial movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) após dizer que 'um empresário enviou mais aeronaves que a FAB' ao Rio Grande do Sul. Na petição, a instituição pede que Marçal publique uma resposta, em suas redes sociais, com informações sobre a atuação dos militares em meio à catástrofe climática no Estado gaúcho.

 

A ação foi movida nesta quarta-feira (8), por meio da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD). Segundo o órgão, o influenciador viralizou em vídeos em que afirma que as Forças Armadas brasileiras estariam inertes diante da calamidade pública vivida no Rio Grande do Sul.

 

Na petição, a PNDD pede que Marçal publique, em seus perfis no Facebook, Instagram e TikTok, resposta sobre a atuação dos militares no Estado. A AGU destaca que as Forças Armadas atuam, desde o dia 1º de maio, no resgate de pessoas, além da realização de atendimentos médicos, transporte de equipes e materiais e arrecadação e entrega de donativos para a região.

 

Somados os perfis de Pablo Marçal nas redes sociais, o influenciador tem mais de 11,2 milhões de seguidores.

 

Ainda segundo a ação, a operação dos militares, incluindo Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira, no Rio Grande do Sul conta com um efetivo de quase 12 mil militares, além de 94 embarcações, 348 veículos, quatro aeronaves e 17 helicópteros.

 

A AGU justifica o pedido afirmando que a desinformação disseminada prejudica o próprio enfrentamento da catástrofe climática, uma vez que a redução da confiança da sociedade na resposta do Estado brasileiro pode desencorajar a entrega de donativos e prejudicar resgates.

 

“Não se questiona, portanto, a capilaridade nociva de que se reveste um vídeo com conteúdo de desinformação, especialmente se produzido por alguém a quem a sociedade reputa possuir uma maior confiabilidade, em razão da popularidade que possui”, descreve a AGU em trecho da petição.

 

O processo foi movido na Justiça Federal de Barueri (SP), que tem jurisprudência em Santana do Parnaíba, onde o influenciador tem residência.

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