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Operação da PF prende quadrilha de tráfico internacional de cocaína

05/09/2024


Grupo usava mergulhadores para esconder drogas nos navios no Porto de Paranaguá



Uma organização criminosa suspeita de envolvimento com o tráfico internacional de drogas é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e Receita Federal no Paraná e em outros estados na manhã desta quinta-feira (5). A ação contra o grupo que usa mergulhadores para enviar drogas a outros países foi deflagrada também em Santa Catarina, São Paulo, Pernambuco e na Espanha.


De acordo com a Polícia Federal, a Operação Viking levou 120 policiais federais e equipes da Guarda Civil Espanhola às ruas para cumprir nove mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca e apreensão. Em Curitiba, são cumpridos dois mandados de busca, e em Paranaguá, dez.


Os órgãos responsáveis pelas investigações determinaram o sequestro de bens que totalizam cerca de R$ 7,2 milhões. Também houve o bloqueio de ativos e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras de até R$ 20 milhões.


As investigações, que contaram com o apoio da Receita Federal, Europol, Guarda Civil Espanhola e Polícia Nacional da Croácia, revelaram que o grupo construiu uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico interestadual e internacional. De acordo com delegados da PF, a cocaína era escondida em compartimentos dos navios por mergulhadores.


“Os mergulhadores mergulhavam até os compartimentos submersos dos navios, o contaminavam com entorpecentes e viajavam até a Europa para retirar a droga e entregar ao comprador”, explicou o delegado Mateus Marins Corrêa de Sá. “Essa organização criminosa utilizava principalmente o Porto de Paranaguá, mas atuava também em outros portos. Diversos mergulhadores foram cooptados para atuar no tráfico internacional de drogas”, acrescentou o delegado Eduardo Verza.


Grande parte da droga movimentada pelo grupo tinha como destino os portos da Europa e, para isto, atuavam na região do Porto de Paranaguá, bem como em outros portos do País. Os criminosos também escondiam a droga em contêineres (método rip/on-rip/off) e em meio a cargas líticas (rip/on na carga).


No decorrer das investigações, a Polícia Federal e a Receita apreenderam 3 toneladas de cocaína.


Os investigados deverão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e associação para fins de tráfico.


Operação Viking

O nome da “Operação Viking”, diz a PF, faz alusão ao modal marítimo utilizado pela organização criminosa investigada para enviar as cargas de drogas até o continente europeu, uma vez que o povo “Viking”, que habitou o norte da Europa na idade média, ficou famoso pelas expedições marítimas que tinham como principal objetivo a obtenção, de maneira fácil, de grandes somas de riqueza.

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