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Nova Lei de Incentivo à Cultura de Curitiba será votada nesta segunda

09/12/2023


Diversos vereadores assinam substitutivo




Em debate na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) desde setembro do ano passado, a revisão da Lei de Incentivo à Cultura será votada pelo plenário da Casa na manhã desta segunda-feira (11), em primeiro turno. Depois do Legislativo mediar o debate entre a classe artística e a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), 20 dos 38 vereadores assinam o substitutivo ao projeto original do Executivo. Com 82 artigos, a proposta reúne 8 das 14 sugestões do setor cultural, acatadas integral ou parcialmente pela Prefeitura.

A proposição altera a redação da lei complementar municipal 57/2005 e revoga quatro leis, consolidando a legislação que rege a cultura em Curitiba. Coordenado pela FCC e acompanhado pelo Conselho Municipal de Cultura, o Programa de Apoio e Incentivo à Cultura (Paic) passa a se chamar Programa de Apoio, Fomento e Incentivo à Cultura de Curitiba (Paficc). O Fundo Municipal de Cultura (FMC) recebe a denominação de Fundo Municipal da Cultura de Curitiba (FMCC) e a Comissão do Fundo Municipal de Cultura (CFMC), responsável por avaliar os projetos submetidos à análise do FMCC, Comissão do Fundo Municipal de Cultura de Curitiba (CFMCC).

Uma novidade, em relação à lei 57/2005, é que a FCC, “na qualidade de administradora do Fundo Municipal da Cultura de Curitiba e do Mecenato Subsidiado”, passa a contar com uma taxa de custeio. A denominação foi incorporada pelo substitutivo, enquanto o projeto original se referia ao mecanismo como “taxa de administração”. A taxa de custeio deverá corresponder a 5% dos recursos destinados ao FMCC e ao Mecenato Subsidiado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de Curitiba do exercício anterior.

A ideia é que a taxa seja destinada à “contratação de pareceristas” para a análise de projetos do Paficc e à ajuda de custo a membros da CFMCC e da Comissão de Mecenato Subsidiado para despesas com “alimentação, deslocamento e estacionamento e outras que se fizerem necessárias”, conforme ato fixado pela FCC. O substitutivo retirou da proposta a possibilidade de os recursos também atenderem a “finalidades institucionais da Fundação Cultural de Curitiba”.

Outra inovação do substitutivo é determinar que a FCC envie ao Conselho Municipal de Cultura o relatório anual sobre a gestão do Paficc. Além disso, a redação atualizada do projeto de lei prevê que os editais do Fundo Municipal da Cultura de Curitiba assegurem “mecanismos de estímulo à participação e ao protagonismo de mulheres, de negros, de indígenas, de povos tradicionais, de pessoas com deficiência, LGBTQIA+ e outros grupos minorizados socialmente, podendo ser utilizados, de acordo com regulamentação específica, cotas, critérios diferenciados de pontuação, editais específicos ou qualquer outro meio de ação afirmativa que garanta a participação e o protagonismo desses grupos”.

“Após o recebimento da proposta, no intuito de fortalecer o elo entre a gestão pública e a comunidade artística, além de enriquecer o debate em torno da revisão, a Câmara Municipal de Curitiba promoveu encontros com representantes de entidades culturais da cidade”, cita a justificativa do substitutivo geral. As sugestões, então, foram debatidas com a Fundação Cultural, em reunião no dia 10 de novembro, na CMC, resultando na proposta assinada por diversos parlamentares, protocolada na tarde desta sexta-feira (8).

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