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Neto diz que avô foi amarrado em hospital da Prevent Senior

24/09/2021


Operadora de saúde passou a ser foco das investigações



Em 3 de abril, véspera do domingo de Páscoa, o advogado Leandro Vusberg, de 36 anos, sofreu um choque. Ele soube que seu avô, o PM aposentado Carlos Vusberg, de 84 anos, internado dias antes com covid-19, estava com braços e pernas amarrados e com máscara de oxigênio, em um hospital da rede Sancta Maggiore, da Prevent Senior. O idoso, segundo o neto, estava sem fôlego e agitado, mas não foi sedado. O que mais causava estranheza era que o paciente havia tido alta da UTI, sem que tivesse melhorado. Carlos morreu dois dias depois.


Nas últimas semanas, a mesma Prevent Senior passou a ser foco das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Senadores suspeitam que pacientes do plano de saúde foram submetidos a experiências com o "kit covid" - composto por medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença -, sem conhecimento de familiares. Médicos disseram à comissão que o estudo foi fraudado, para induzir à ideia de que o tratamento, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, funciona. A empresa nega as acusações e se diz alvo de difamação.


As denúncias da CPI chamaram a atenção da família de Carlos, que questiona se o aposentado também foi medicado com o chamado "kit covid". Após a morte, o que aflige a família há cinco meses é a falta de informação sobre o caso. Parentes exigem que a Prevent Senior forneça o prontuário médico, que dizem ter pedido informalmente na época da morte. Estão dispostos a ir à Justiça para consegui-lo caso a empresa volte a negar. Com os papéis em mãos, querem saber o que aconteceu, para entender por que o avô morreu.

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