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Musk poromove demissões em massa no Twitter

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • 4 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

04/11/2022


E-mail da empresa dizia que demissões começariam às 13h no horário de Brasília



No dia em que o bilionário Elon Musk dará início a um processo de demissão em massa no Twitter, funcionários cortados da empresa usaram o LinkedIn para lamentar a saída e buscar por novas oportunidades profissionais.


Uma semana depois de comprar o Twitter, o novo dono deverá cortar metade dos cerca de 7,5 mil funcionários, para reduzir até US$ 1 bilhão em custos.


Antes disso, logo no dia em que a compra por Musk foi confirmada, ele demitiu os principais executivos da rede social, inclusive o presidente-executivo, com quem já tinha batido boca na internet.


"Começaremos o difícil processo de reduzir nosso quadro global nesta sexta-feira", anunciou o Twitter a seus funcionários na última quinta, em um e-mail ao qual a agência France Presse teve acesso.


Os demitidos seriam comunicados a partir das 13h. Mas, desde o início da manhã desta sexta, os funcionários desligados estão relatando que tiveram a entrada nos escritórios, inclusive no Brasil, bloqueada, assim como os acessos aos sistemas da empresa.


Uma brasileira que trabalha na plataforma descreveu a experiência: "Eu fui pega de surpresa mesmo, voltei ontem do feriado, entrei na reunião de equipe e o clima era total de luto."


A ex-tweep (modo ao qual os funcionários do Twitter se identificam) não quis se identificar por medo de represálias. Segundo ela, os funcionários descobriram as mudanças implementadas por Musk acompanhando os noticiários.


"Basicamente tudo que a gente sabia sobre a gestão do Elon vinha primeiro dos jornais e depois de muito tempo em um comunicado interno. Era até engraçado perguntarem para gente o que estava acontecendo, porque era muito mais provável que os jornalistas de fora descobririam antes da gente".


No seu último dia da empresa, a brasileira disse que, às 21h da quinta-feira (3), recebeu um e-mail notificando de que haveria demissões e que os funcionários escolhidos seriam avisados.


Por volta da meia-noite, ela percebeu que tinha perdido o acesso ao e-mail da empresa e às 4h48 recebeu um e-mail reforçando as demissões.


Outra funcionária do Twitter Brasil, que não quer se identificar, diz que recebeu um comunicado em seu e-mail pessoal informando que seus acessos estavam bloqueados.


"Na época do Jack e do Parag Agrawal, ex-presidentes do Twitter, a gente tinha muita proximidade com a direção global. Isso mudou depois do processo do Musk. Ficamos muito distantes e sem informações. Muitas pessoas do Twitter Brasil pediram demissão por essa incerteza".


Um grupo de funcionários nos Estados Unidos entrou com uma ação coletiva contra a empresa nesta quinta, reclamando do fato de o Twitter ter começado um processo de demissão em massa sem o aviso prévio de 60 dias, violando leis trabalhistas federais e do Estado da Califórnia.


Musk também não se manifestou no Twitter sobre o assunto. Em seu post mais recente, no começo da tarde, criticou ativistas que, segundo ele, têm pressionado anunciantes e feito a receita da rede social cair. "Estão tentando destruir a liberdade de expressão na América", afirmou.


Nesta sexta, ele foi fotografado em Nova Iorque, durante uma conferência de investimentos. A sede do Twitter fica em São Francisco, Califórnia.

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