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Leia a transcrição da conversa de Caboclo com funcionária da CBF

  • admjornale
  • 7 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

07/06/2021


Diálogo gravado por funcionária da CBF mostra as motivações que a fizeram protocolar denúncia por assédio sexual contra o agora afastado presidente



Na noite do dia 16 de março de 2021, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, chamou uma funcionária da entidade à sua sala no segundo andar do prédio da entidade. O dirigente então sugeriu que ela tirasse a máscara e insistiu para ela aceitasse uma taça de vinho.


Desconfortável com a situação, ela sacou o celular e enviou mensagens para dois diretores da CBF. Era um pedido de ajuda. Um deles já havia deixado o prédio – e até perguntou se era o caso de voltar – mas o outro foi em seu socorro e inventou um pretexto para entrar na sala. A funcionária então aproveitou para deixar o ambiente.


Mas depois que o diretor foi embora, Rogério Caboclo a chamou novamente. E foi aí ela que resolveu gravar a conversa.


O que aconteceu naquela sala já vinha se repetindo, segundo a funcionária. Na denúncia que fez ao Comitê de Ética da CBF, ela detalha diversas situações constrangedoras a que foi submetida por Rogério Caboclo. O presidente da entidade com frequência a insultava e a humilhava na frente de outros diretores – todos homens.


A seguir, trechos da transcrição do diálogo gravado:


Rogério Caboclo: Seu coração tá no cabeção ou no pilotão?


Funcionária: Em nenhum dos dois


RC: Em quem tá?


Funcionária: Não tá em ninguém, é verdade. Mulher consegue ficar bem sozinha.


RC: Eu conheço minha mulher há 26 anos... Já apaixonei, pirei por amor.


[...]


RC: Eu tinha te jurado que eu não ia falar sobre assuntos particulares. Ela tem a buceta dela e eu tenho o meu pau [...] Eu sou horroroso?


Funcionária: Chefe, eu não vou entrar no assunto da vida sexual de vocês [ri constrangida].


RC: [...] Ela vai fazer ginástica, vai voltar tesuda [...]


Funcionária: Então, todo mundo… deixa ela ser feliz.


RC: Sabe o que eu sou contra? Nada [...] Você quer uma taça de vinho? [...] Não... se não parece que eu tô louco [...] Posso te fazer uma pergunta?


Funcionária: Chefe, não vou me meter na sua vida sexual seu e da [...]. Não vou, não vou.


RC: Não é isso. É na sua [vida pessoal].


Funcionária: Deixa a minha [vida pessoal] quietinha.


RC: Você consegue resistir ao [...] todo dia dando em cima de você?


Funcionária: Consigo, nós somos amigos. Acabei de falar, consigo, ponto, nós somos amigos. E tá tudo bem, tá tudo certo, nós somos amigos, a gente se dá bem, ele no sofá, eu no quarto e tá tudo bem. (Nota da Redação: aqui, a funcionária fala sobre um colega de trabalho com quem divide apartamento)


RC: Eu não acredito.


Funcionária: Eu não tenho por que mentir, não.


RC: Tá bom. Segunda pergunta. Posso?


Funcionária: Fala.


[...]


RC: Você se masturba?


Funcionária: Chefe, tchau.


RC: Ei...


Funcionária: Não quero falar disso, não quero. Eu vou avisar ao [...] que você tá lá embaixo.


Foto: Lucas Figueiredo/CBF


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