24/01/2024
A industrialização da erva-mate para além da cuia explora as qualidades nutritivas da planta
A erva-mate, que marcou presença como um dos principais ciclos produtivos durante a criação do Paraná e continua como uma das culturas fortes do Estado, está diversificando as suas formas de consumo. Uma empresa paranaense apresenta o pó da erva refinado como componente da granola, um mix de cereais, frutas secas e oleaginosas.
“É o primeiro alimento dessa qualidade enriquecido com erva-mate produzido em escala industrial”, afirmou Dayana Lubian, sócia da empresa Verdelândia, que desenvolve o produto. Segundo ela, a ideia surgiu após ter experimentado um biscoito de erva-mate de outra indústria. “Gostei muito e fiz parceria para desenvolver a granola”, disse.
A empresa familiar sediada em Espigão Alto do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, já trabalha em novos produtos como bolachas e bolos, além de otimizar o uso da cafeína presente na erva-mate. Por mês são processados cerca de 240 quilos de mate.
A novidade foi apresentada ao secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que destacou o esforço da Verdelândia para agregar valor à matéria-prima que por muito tempo ficou restrita ao chimarrão e tererê. “É importante participar desse esforço de criação, de inovação, de diferenciação, de fazer coisas novas e se apropriar dos ganhos disso”, acentuou.
A empresa também faz parte das oficinas do programa Vocações Regionais Sustentáveis, da Invest Paraná, que tem como objetivo potencializar a cadeia da erva-mate no Estado. O programa auxilia produtores locais a potencializar seu negócio com a exploração de novos produtos e mercados.
Além da atividade como empresária, Dayana preside a Associação Paranaense dos Produtores e Industriais de Erva-Mate (Apimate). A Apimate é uma das entidades que formam o Grupo de Trabalho da Erva-Mate, que discute o estímulo à produção, consumo, fortalecimento de mercado, pesquisa e política para a cadeia produtiva da erva. “Queremos que outras indústrias paranaenses passem a desenvolver produtos além da cuia, como alimentos, cosméticos e nutracêuticos”, disse.
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