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IAT abre temporada do Passarinhar Paraná com tour pela Ilha do Mel

12/01/2024


Projeto reuniu grupo de amantes da natureza para um passeio guiado



A tranquilidade dos pássaros que habitam a Ilha do Mel, em Paranaguá, foi levemente interrompida nesta sexta-feira (12). Desde os primeiras raios de sol, no começo da manhã, um grupo de visitantes e observadores tentou acompanhar o movimento das aves munido de binóculos e um guia sobre as espécies.

Eles conseguiram observar, conhecer e entender melhor sobre 15 das cerca de 40 espécies de pássaros nativas da ilha, incluindo o tiê-sangue (Ramphocelus bresilia), o papagaio da cara roxa (Amazona brasiliensis), a talha-mar (Rynchops niger), o biguá (Nannopterum brasilianum) e o pica-pau-rei (Campephilus robustus), entre outros.

A ação, organizada pelo Instituto Água e Terra (IAT), foi a primeira do projeto Passarinhar Paraná no Litoral durante a temporada do Verão Maior Paraná. Estão previstos ainda mais dois passeios educacionais do mesmo modelo na região: no dia 26/1, no Parque Estadual Rio da Onça, em Matinhos, e no dia 2/2, no Parque Estadual do Palmito, em Paranaguá.

“Do ponto de vista da educação ambiental, essa atividade desperta um olhar diferente, permite uma observação mais ampla dos elementos da natureza”, destaca a bióloga do projeto Pró-Bio do IAT, Tauane Ingrid Ribeiro, que acompanhou a atividade e ajudou a tirar dúvidas da comitiva.

Moradora da ilha, a jornalista Brisa Teixeira de Oliveira aproveitou a passagem do projeto para obter mais informações sobre as espécies da região. “Eu frequento a ilha desde que nasci. Sempre ouvi o canto dos pássaros, mas nunca soube identificá-los. Então decidi aproveitar esse evento para poder reconhecer essas espécies do lugar onde eu moro há três anos”, diz.

Durante o passeio, para animar a atividade, aconteceu um quiz sobre as aves. Quem identificou os pássaros com mais agilidade foi o estudante Marco Gomes Ribeiro, de apenas 10 anos. Ele veio de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, para visitar a Ilha do Mel acompanhado da mãe, da avó e do irmão de oito anos. Saiu encantado com a paisagem e ainda descobriu um novo interesse durante a expedição.

“Nas trilhas que fizemos antes, eu nunca tinha parado para prestar atenção nos pássaros, mas agora eu vejo que é um assunto muito interessante. Além de poder ver as aves, você pode conhecer melhor e assim ajudar a preservar o meio ambiente”, afirma.

Além de educativa, a prática da observação de pássaros acaba por ser também terapêutica, como aponta o guia voluntário da atividade, o biólogo e ornitólogo Tiago Machado de Souza, pós-doutor em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). “A observação de aves aguça todos os sentidos e proporciona uma harmonia com a natureza. É uma terapia, é algo que acalma muito e ajuda a desacelerar, além de ser um hobby que possibilita a conexão com outras pessoas e com o meio ambiente”, explica.

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