16/03/2024
Justiça de Londrina havia condenado homem em 2009

A Justiça de Londrina, no norte do Paraná, admitiu ter condenado injustamente um homem por roubo. O reconhecimento aconteceu 15 anos após a condenação.
A vítima, que tem 39 anos, é de São Paulo e pediu para não ser identificada. A condenação errônea aconteceu em 2009, de acordo com a Defensoria Pública do Paraná (DPE-PR), que atuou na solução.
De acordo com a DPE, uma série de erros envolveu o caso.
Tudo começou em 2006 após um suspeito de integrar uma organização criminosa que roubava caixas eletrônicos ser preso em flagrante em Londrina.
Na ocasião, ele apresentou documentos pessoais falsos, que pertenciam ao paulistano. A vítima tinha tido estes documentos roubados em São Paulo um ano antes, em 2005.
Conforme a DPE, a identidade falsa foi aceita pela polícia e pela Justiça. Ao fim do processo, isso resultou na condenação da pessoa errada.
A vítima só descobriu que estava condenada em 2012, após tentar votar nas eleições daquele ano. Até que o erro fosse oficialmente provado, o homem conta que teve prejuízos profissionais e sociais.
Inicialmente o homem procurou a Defensoria Pública de São Paulo para tentar solucionar o caso e lá também acabou descobrindo que, por conta da condenação, havia um mandado de prisão em aberto contra ele.
Como o caso que envolveu o nome dele foi julgado em Londrina, o processo foi assumido pela Defensoria do Paraná, que conseguiu provar o erro judicial.
Depois de idas e vindas, a inocência foi confirmada em 8 de fevereiro de 2024 pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio.
Para a Defensora Pública, a Justiça precisa ficar mais atenta para evitar erros como esse.
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