15/10/2024
Injeção letal está marcada para quinta-feira (17)

Um homem do Texas, nos Estados Unidos, condenado à pena morte pelo assassinato da filha, de 2 anos, está com a execução por injeção letal marcada para a quinta-feira (17). Porém, os advogados de Robert Roberson, de 57 anos, além de deputados, médicos e um ex-detetive que trabalhou no caso, alegam que a condenação foi baseada em evidências científicas falhas, informou a Associated Press (AP).
Em 2002, ele levou a filha, Nikki Curtis, ao hospital após dizer que acordou e a encontrou inconsciente e com os lábios azulados. Na época, os médicos desconfiaram da afirmação de Roberson de que Curtis havia caído da cama enquanto dormia, e alguns testemunharam no julgamento que seus sintomas correspondiam a um trauma abusivo na cabeça — provocado pela síndrome do bebê sacudido.
O grupo formado por 86 pessoas, entre políticos e especialistas, que apoia o homem condenado à morte, enviou no mês passado uma carta à Comissão de Indultos e Liberdade Condicional do Texas afirmando que as lesões na criança correspondiam a um quadro de pneumonia e não ao trauma na cabeça. Os promotores, no entanto, disseram que as evidências contra o pai ainda se sustentam.
Para o grupo, que não nega que tenha ocorrido abuso contra a criança, novas evidências mostraram que a menina morreu devido a complicações relacionadas a uma pneumonia severa que não chegou a ser diagnosticada pelos médicos.
Evidências coletadas desde o julgamento, em 2003, mostram que a pneumonia não diagnosticada progrediu para sepse e foi provavelmente acelerada por medicamentos que não deveriam ter sido prescritos a ela e que dificultaram a respiração, disse à agência Gretchen Sween, advogada de Roberson.
Segundo a agência, críticos alegam que os médicos têm se concentrado em concluir que houve abuso infantil devido à síndrome do bebê sacudido sempre que há um triângulo de sintomas: sangramento ao redor do cérebro, inchaço cerebral e sangramento nos olhos.
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