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Gripe ou Covid-19? Paraná orienta para cuidados em caso de sintomas gripais

06/01/2022



A crescente confirmação de casos de gripe pela Influenza H3N2 no Estado do Paraná tem gerado preocupações e dúvidas, sobretudo devido ao aumento da procura nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de pessoas com sintomas respiratórios.


Esse quadro é intensificado, também, devido às profundas semelhanças entre os sintomas da Covid-19.


Atualmente, a transmissão da Influenza H3N2 é considerada comunitária, isto é, ocorre entre pessoas do mesmo território e com indivíduos sem histórico de viagens, o que torna impossível definir a origem da transmissão do vírus. Com relação à Covid-19, festas de final e início de ano, avanço da variante ômicron e crescimento de novos casos em vários países indicam o início de um período mais complicado da circulação da doença neste início de 2022.


“O aumento da procura pelos serviços de saúde de pessoas com sintomas gripais tem chamado a atenção, principalmente pelo momento em que estão acontecendo, nesta época mais quente do ano. Comumente, esses casos tendem a ser observados no período de outono e inverno, mas, diante do atual diagnóstico, é esperado que o número siga aumentando nos próximos dias. Por isso, estamos unindo esforços não apenas pela vacinação, mas também pela conscientização da população sobre os cuidados a serem tomados”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.


Embora os sintomas entre Covid-19 e Influenza possam ser considerados essencialmente idênticos, é possível notar diferenças entre a intensidade dos casos, que podem ser classificados como Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).


No caso de Síndrome Gripal (SG), o indivíduo apresenta quadro respiratório agudo, caracterizado por febre, dor de cabeça, tosse, coriza, congestão nasal, dores musculares, distúrbios olfativos ou gustativos, fadiga, vômitos e diarreia. Já na Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o indivíduo já possui SG, mas também pode apresentar desconforto respiratório, pressão ou dor persistente no tórax, saturação menor que 95% em ar ambiente e coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto.


Os cuidados preventivos da gripe também compartilham similaridade com a maioria das doenças transmitidas por vias respiratórias. Entre as principais orientações estão: uso correto de máscara, distanciamento social, manter ambientes ventilados com livre circulação de ar, higienização das mãos e evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas respiratórios.


“Os cuidados não farmacológicos são uma medida de responsabilidade social que ajudam no combate da pandemia da Covid-19 e que também possuem validade para a prevenção da gripe. A vacinação é outro ponto central e temos imunizantes para ambas. A quem ainda não se vacinou, seja de Covid-19 ou de Influenza, pedimos para que se encaminhe ao ponto de atendimento mais próximo e o faça o quanto antes. É possível tomar as duas vacinas no mesmo dia”, reforçou o secretário.


Ao notar a presença de sintomas, a Sesa orienta a população a buscar atendimento na unidade de saúde mais próxima e, em caso de confirmação, para que o paciente siga as indicações médicas. O período de transmissão é de um dia antes do aparecimento dos sintomas e até cinco a sete dias após adoecer. Também é recomendado à população geral, acima de seis meses de idade, que se imunize com a vacina da gripe.


“Esse aumento de casos é um reflexo também da baixa adesão da população à vacinação da gripe em 2021, que mesmo dentro da média nacional, foi de apenas 70%. Por isso, meu apelo é para que todos busquem a unidade de saúde mais próxima e se imunizem o quanto antes”, afirmou Beto Preto.


Segundo ele, com relação à Influenza, o uso do medicamento antiviral Oseltamivir (Tamiflu) tem se mostrado um recurso terapêutico de impacto na redução da gravidade dos casos. Disponibilizado em todas as Regionais de Saúde e com estoque abastecido, o medicamento é indicado, principalmente, para pacientes com Síndrome Gripal (SG) com fatores de risco ou com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

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