10/09/2024
Decisão foi tomada a partir do agravamento da estiagem vivida no Paraná
O governador Ratinho Junior anunciou nesta terça-feira (10) investimento de R$ 24 milhões para ações de combate a incêndios florestais no Paraná. A nova força-tarefa prevê a contratação de aeronaves especializadas para combate às chamas, formação de brigadistas, compra de equipamentos e contratação de caminhões-pipa para auxiliar no combate a incêndios.
Diversas cidades do Paraná enfrentam um período de estiagem mais severa desde agosto, com baixos índices de chuva e umidade relativa do ar. Na última semana, o governador decretou situação de emergência para estiagem, medida que facilita a atuação em desastres, entre eles incêndios florestais, o qual o pacote anunciado nesta terça tem como foco.
Ratinho Junior destaca que o novo pacote anunciado soma-se a outras iniciativas do Estado para combate a incêndios. “A ideia é somar forças. Além dos mais de 200 caminhões-pipa que nós doamos aos municípios, adaptáveis para combate a incêndios, e todos os equipamentos que o Corpo de Bombeiros já tem, estamos reforçando com mais 500 brigadistas em parceria com 100 cidades do Paraná e equipados com kits de combate incêndio”, ressalta.
“É um kit de primeira hora, de primeira chegada dos brigadistas para reforçar todo esse apoio e esse cuidado que temos para evitar essas queimadas e incêndios. Também estamos contratando aviões que são específicos para combate a incêndio. O Paraná nunca teve isso, então estamos organizando para que a gente possa ter disponível assim que necessário”, complementa o governador.
A proposta visa integrar diversas frentes necessárias para o combate aos incêndios florestais, unindo estrutura, pessoal para a atuação terrestre, além do suporte aéreo para situações de grande magnitude. O investimento concentra-se, sobretudo, nos municípios onde há Unidades de Conservação (UCs); parques estaduais e nacionais; Áreas de Proteção Ambiental (APA); Áreas de Preservação Permanente (APP); e Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIE).
São duas aeronaves, que serão utilizadas conforme necessidade, sendo uma com capacidade de 900 litros e outra de 1,5 mil litros de água, podendo ser empregadas em qualquer local do Estado. A vantagem na utilização delas está tanto na possibilidade de visualização das frentes de fogo quanto da aplicação extensa de água.
Em caso de incêndios de grandes proporções, como florestais, que costumam atingir copas de árvores, bases serão montadas com caminhões-pipa para abastecimento das aeronaves com água. Esse trabalho será feito em conjunto com equipes de solo, que após a descarga de água, entram em ação para eliminar os focos que permanecerem. Somente com este serviço o investimento é de R$ 4,6 milhões.
Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig, tanto os kits de resposta quanto as aeronaves serão utilizados para auxiliar brigadistas e as equipes do Corpo de Bombeiros. “São equipamentos que vão realmente dar condições de uma primeira resposta ao município. Nós sabemos que o Corpo de Bombeiros está muito bem distribuído em todo o Estado, mas o número de ocorrências hoje é muito grande, então nós precisamos desse trabalho, dessa integração, que é o papel da Defesa Civil”, afirma o coordenador.
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