13/04/2024
Norma restringe veiculação de anúncios em canais que promovem desinformações
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suspendeu nesta sexta-feira (12), a formalização de novos contratos de publicidade no X (antigo Twitter). A decisão ocorre após o dono da plataforma, o bilionário Elon Musk, usar a rede social para criticar o petista e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O governo sustenta que a suspensão foi baseada em uma norma da Secretaria de Comunicação Social (Secom) que restringe a veiculação de anúncios governamentais em canais que promovem desinformações.
A suspensão não tem prazo para terminar. A medida estará vigente até que o Planalto decida sobre um possível embargo permanente à plataforma de Musk.
Entre janeiro e abril deste ano, o governo Lula destinou R$ 654 mil aos cofres da rede social X para impulsionar "publicações de utilidade pública" e ações de comunicação institucional.
Os gastos foram realizados por seis Ministérios e pela Presidência da República. As pastas firmaram 95 contratos, de acordo com os dados disponíveis no Portal da Transparência. A Secom foi a recordista de repasses à rede social de Musk. Foram destinados mais de R$ 263 mil à plataforma por meio de 37 contratos desde o início do governo Lula, em janeiro do ano passado.
Também na sexta (12), Lula publicou pela primeira vez na rede social BlueSky. Logo após a criação da conta. A publicação foi sobre a visita dele a uma planta frigorífica em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, que recebeu licença para exportar produtos para a China. Lula manteve ativa sua conta no X.
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