03/04/2024
MON apresenta mostra a partir do dia 12 de abril

O Museu Oscar Niemeyer (MON) realiza exposição “Trilhos e Traços – Poty 100 anos”, para comemorar o centenário de Poty Lazzarotto (1924-1998). Com curadoria de Maria José Justino e Fabricio Vaz Nunes, a mostra reúne aproximadamente 500 obras, um recorte da doação de 4 mil peças pela família do artista ao Museu, em 2022. A visitação estará aberta ao público a partir de 12 de abril, próxima sexta-feira, na Sala 6.
A exposição é uma oportunidade para o espectador se aprofundar na vida e obra de Poty. A premissa da exposição, segundo os curadores, além de destacar a importância de sua obra no cenário paranaense, é extrapolar as fronteiras regionais e apresentar Poty em sua dimensão universal.
Na mostra, as obras foram organizadas em torno de nove núcleos temáticos presentes na trajetória artística de Poty, representativos das suas diferentes facetas: o Narrador; o Trabalho; o Xingu; o Sagrado; a Guerra; o Cotidiano; o Viajante; o Muralista e o Retratista. “Mas Poty, o piá do Capanema que amava o cinema e as histórias em quadrinhos, é ainda mais que tudo isso”, dizem os curadores.
Em 29 de março de 2022, dia do aniversário de Curitiba – e coincidentemente, data de nascimento do artista Poty Lazzarotto – o MON recebeu a maior coleção já doada à instituição: aproximadamente 4,5 mil peças.
Tal coleção conta com mais de 3 mil desenhos e 366 gravuras, além de tapeçarias, entalhes, serigrafias e esculturas, entre outros. A doação foi feita diretamente pelo irmão do artista, João Lazzarotto.
São obras que enriquecem ainda mais o acervo do MON, que nos últimos anos quintuplicou, consolidando o Museu como um dos mais importantes da América Latina.
Um recorte dessa vasta coleção de Poty poderá ser visto nessa exposição. Assim, o eixo central do prédio do Museu se transforma em palco para as maiores coleções recebidas pelo MON, ao lado das mostras de arte asiática e africana.
Poty Lazzarotto (Curitiba, 1924-1998) trilhou seu caminho a partir do desenho, aprofundando-se, em seguida, na gravura, da qual se tornou um mestre, sendo o criador do primeiro curso de gravura do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Muito de sua produção é biográfica, indo de lembranças de menino em torno de trilhos e vagões de trem a registros de tipos curitibanos e dos cenários que eles habitam.
Além dos desenhos, Poty deixou sua marca em toda Curitiba por meio de seus monumentos ou painéis de azulejo e de concreto aparente.
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