15/03/2024
Cidade abriga cerca de 1,5 milhão, quase toda a população da Faixa de Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou nesta sexta-feira (15) os planos do exército para invadir Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza que é considerada o último refúgio de cerca de 1,5 milhão de palestinos - quase toda a população da Faixa de Gaza.
O gabinete de Netanyahu não forneceu mais detalhes nem estabeleceu uma data para o início da operação, que gera preocupação internacional.
O porta-voz do governo dos Estados Unidos para assuntos de segurança, John Kirby, disse que os EUA ainda não viram o plano do Exército israelense, mas que gostariam de o ver. O país americano é o principal aliado de Israel.
O porta-voz da Organização das Nações Unidas, Stephane Dujarric, expressou temor pela notícia: “As consequências de uma operação militar em Rafah nas atuais circunstâncias seriam catastróficas para os palestinos em Gaza, seria catastrófica para a situação humanitária. Esperamos que tudo isso possa ser evitado”, disse.
Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, os palestinos da Faixa de Gaza deixaram o norte, o centro e outras cidades do sul do território palestino por conta de bombardeios e ações por terra do Exército de Israel e se refugiaram em Rafah, que faz fronteira com o Egito.
Em fevereiro, o primeiro-ministro israelense havia ordenado que seu Exército preparasse um plano de retirada da população civil de Rafah, com a intenção de entrar na cidade para combater o Hamas.
Netanyahu pretende ocupar toda a cidade temporariamente e, por isso, pediu o plano aos militares. Segundo o premiê israelense, Rafah é também o último bastião do Hamas e, portanto, o último front de batalha para completar sua guerra contra o grupo terrorista.
Desde que anunciou os planos de fazer operação militar em Rafah, em fevereiro, o Exército israelense vem bombardeando alvos na cidade.
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