top of page

Estudo aponta altas concentrações de coronavírus no esgoto de Curitiba

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • 24 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

24/06/2021


Estudo foi realizado entre 23 de maio e 5 de junho



Amostras de esgoto de Belo Horizonte, Curitiba, Distrito Federal e Rio de Janeiro indicam que houve aumento expressivo nos casos de Covid-19 nessas regiões, no período entre 23 de maio e 5 de junho de 2021. As análises apontam altas concentrações de Sars-CoV-2 no material coletado, atestando a necessidade de intensificação das medidas de prevenção e de controle para a redução da disseminação do vírus. A investigação foi realizada pela Rede Monitoramento Covid Esgotos, projeto formado por instituições de diversos estados brasileiros, e publicada no Boletim de Acompanhamento nº 2.


A equipe coleta amostras em pontos representativos de cada região, como locais com grande circulação de pessoas, lugares com elevados índices de vulnerabilidade social e de saúde, sub-bacias de esgotamento representativas dos estratos sociais de interesse, além de estações de tratamento de esgotos (ETEs). No laboratório, os pesquisadores extraem o ácido ribonucleico (RNA) viral do conteúdo e realizam a detecção e a quantificação do vírus.


O estudo apresenta as cargas virais por 10 mil habitantes para cada região monitorada, contrastando os resultados com dados locais de saúde, como o número de novos casos confirmados e suspeitos; número de leitos disponíveis para a internação e de leitos ocupados por pacientes com Covid-19; e porcentagem da população imunizada. De acordo com a rede, a ideia é auxiliar as autoridades locais na tomada de decisões para o combate à pandemia. “O mapeamento da ocorrência do Sars-CoV-2 no esgoto pode ser uma importante ferramenta para a vigilância epidemiológica”.


O professor Ramiro Gonçalves Etchepare, do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é um dos pesquisadores da Rede e explica que o RNA viral do novo coronavírus é expelido pelos pacientes infectados, especialmente pelas fezes e pela urina. Segundo ele, os relatos técnicos e científicos apontam que os vírus que chegam até os esgotos estão inativos e, portanto, não podem infectar. “Não existe nenhuma evidência científica indicando a infectividade do vírus no esgoto. A rede de esgotamento sanitário é uma aliada para fornecer alertas sobre a detecção e a circulação do vírus”.


Resultados

Em Belo Horizonte, desde março de 2021, o novo coronavírus vem sendo detectado com elevada frequência no esgoto do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte e no esgoto de um dos shoppings centers monitorados, localizado em área de alta renda. Nas últimas duas semanas analisadas, a Rede também observou tendência de aumento nas concentrações e nas cargas do Sars-CoV-2 no esgoto das bacias do Ribeirão Arrudas e da Onça, onde as cargas virais já estavam em um patamar elevado.

Commenti


Últimas Notícias

bottom of page