02/08/2024
Os novos parques serão construídos nos municípios da Lapa, Contenda e Porto Amazonas
Um dos símbolos mais significativos da história do Paraná, o Rio Iguaçu vai ganhar uma vasta área de proteção e recuperação ambiental. O Governo do Estado, em uma parceria entre o Instituto Água e Terra (IAT) e os municípios, começa neste ano a implementar três novos parques urbanos às margens do rio, nas cidades de Contenda, Lapa e Porto Amazonas, na região do chamado Alto Iguaçu, próxima a Curitiba. Serão aproximadamente 16 hectares de muito verde, unindo lazer e preservação do meio ambiente.
O investimento total é de R$ 6,8 milhões e será financiado com recursos compensatórios pagos pela Petrobras por causa de um acidente ambiental, com um vazamento de petróleo no Rio Iguaçu, em Araucária, na Região Metropolitana da Capital, em julho de 2000. Os projetos já foram homologados pela Justiça Federal após concordância dos Ministérios Pùblicos Estadual e Federal.
Coordenadora do Setor de Projetos Especiais da Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, Paula Coradin, explica que os três parques estão inseridos em áreas degradadas ao longo da Bacia do Alto Iguaçu. Os projetos, ressalta ela, vão contribuir para a recuperação dos locais ao reduzir a erosão e ampliar a cobertura vegetal de mata ciliar com o plantio de mudas nativas.
A escolha pela região faz parte do acordo de indenização, que determina que 5% do valor total da compensação (atualmente de R$ 1,2 bilhão) deverão ser destinados para projetos que beneficiem essa bacia hidrográfica, a mais afetada pelo acidente. Até o momento, considerando todas as autorizações, foi liberado o acesso a um montante da ordem de R$ 564,3 milhões.
“Além de ajudar a recuperar os locais, os parques possuem uma função ambiental importante já que as regiões próximas de rios são consideradas Áreas de Preservação Permanente Ecológica (APP) por abrigarem recursos importantes para a manutenção da biodiversidade. Ter um parque urbano nesses locais incentiva a população a continuar protegendo essas APPs", afirma a coordenadora.
Segundo ela, o projeto está em fase de detalhamento final, com as prefeituras entregando a documentação técnica exigida pelo IAT. “Precisamos desses requisitos para formalizar o convênio e para verificar se o projeto do parque está de acordo com os critérios do programa ou se irá precisar de correções”, diz Paula. “Por isso, a depender do que for apresentado, pode ser que haja alguma mudança, inclusive de valor. Mas, na essência, os projetos estão viabilizados”, acrescenta.
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