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Estado pretende mapear religiões africanas

22/03/2024

Ideia é aprimorar o combate ao racismo e a intolerância religiosa



Uma solenidade alusiva ao Dia Estadual de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé reuniu centenas de pessoas na quinta-feira (21) no Auditório Poty Lazzarotto, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. O evento promovido pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) foi marcado pela reafirmação dos direitos e combate ao racismo e intolerância religiosa.

 

O evento reuniu líderes religiosos, sacerdotes e sacerdotisas da umbanda e do candomblé, líderes de movimentos sociais, pastorais e dos movimentos negros de Curitiba e do Paraná. Ele também marca um ano da formatação de uma Secretaria dedicada ao tema no Estado.

 

A solenidade foi marcada por alguns anúncios. Um deles é um termo de cooperação técnica entre Semipi e o Fórum de Religiões de Matrizes Africanas para mapear os dados e informações das religiões de matrizes africanas do Estado. Outra cooperação técnica foi estabelecida com a Fundação Pró-Renal para oferta de exames para a população negra. A organização social vai publicar um edital específico para esse público nos próximos meses.

 

Na área da educação, a Semipi assinou uma parceria com a Uninter para disponibilizar 50 bolsas de estudos em graduação a distância, sendo 25 para indígenas e 25 para quilombolas do Estado. A parceria vale a partir deste ano. A universidade vai divulgar um edital com as regras.

 

“As políticas e programas que promovemos são voltadas para conscientização e transformação real das condições de vida da população negra”, afirmou a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte. Ela também destacou que a pasta pretende ampliar a assessoria para outras áreas do Governo do Estado para promover letramento racial.

 

O representante da Federação Umbadista do Paraná, pai Edward James Santos Harrison, defendeu o combate a intolerância religiosa. “É importante que o respeito e a diversidade espiritual sejam desmistificados e os estereótipos sejam esclarecidos, promovendo a compreensão mútua podemos construir uma sociedade mais inclusiva e harmoniosa”, afirmou.

 

“Esse é o Brasil que a gente quer, de mudança, transformação, aceitação e reconhecimento”, disse o babalorixá Jorge Kibanazambi.

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