11/01/2025
Membros de duas aldeias que viviam em uma só comunidade até 2024 entraram em conflito
As aldeias indígenas da etnia Kaingang que entraram em um confronto que terminou com feridos e mais de 200 pessoas desabrigadas viviam em uma só comunidade até 2024, quando se dividiram.
O "racha" aconteceu no início daquele ano, após divergências durante a eleição pelo novo cacique da região central do Paraná.
As informações constam nas atas das reuniões que foram realizadas com representantes das aldeias após a briga - quando pelo menos sete vítimas tiveram ferimentos graves e 60 casas foram queimadas. Os encontros foram mediados por instituições, mas não chegaram a nenhum acordo. Saiba mais abaixo.
"Foi relatado que o conflito vem acontecendo devido às famílias que estão ocupando o povoamento de Campina não aceitarem a eleição do cacique Domingos, da terra indígena de Ivaí", aponta um dos documentos.
Segundo informações apuradas pela RPC, os grupos viviam em conjunto em um território na cidade de Manoel Ribas, chamado de "aldeia Ivaí", até fevereiro de 2024, quando houve uma nova eleição para cacique.
"A eleição foi motivada por um grupo de oposição ao atual Cacique Domigues. Porém, esse grupo perdeu a eleição e foi mantido o Cacique Domingues. Insatisfeitos, eles se negaram a permanecer na aldeia Ivaí e iniciaram uma nova aldeia a uns 8 km da aldeia principal, que passaram a chamar de 'aldeia da Serrinha'", detalhou uma fonte que prefere não ser identificada.
As informações também apontam que a nova aldeia se instalou no território da cidade vizinha de Pitanga e passou a ser liderada por um novo cacique.
"De lá pra cá, começaram os conflitos", relata a fonte.
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