04/04/2024
Pedidos da defesa não foram aceitos pelo juiz e júri foi remarcado

O juiz Hugo Michelini suspendeu o júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho, réu por homicídio duplamente qualificado pela morte de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
O júri popular começou às 9h desta quinta-feira (4) e foi suspenso às 9h50, após a defesa de Guaranho não tendo os pedidos aceitos pelo juiz, abandonar o plenário. O júri foi remarcado para o dia 2 de maio, às 8h30, no mesmo local.
Marcelo comemorava o aniversário de 50 anos com temática do PT quando foi baleado pelo ex-policial - na época simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro. Arruda revidou os disparos e chegou a ser atendido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022.
A defesa de Guaranho pediu adiamento porque uma testemunha arrolada por eles não foi localizada para ser intimada para o julgamento.
A defesa também reclamou de outras questões como a anexação de documentos ao processo pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) em prazo menor que o mínimo exigido e o fato de Guaranho ter chegado em Foz do Iguaçu menos de 24 horas antes do início do julgamento.
A principal reclamação, sobretudo, foi com relação a inclusão nos autos de documentos que pertencem a outra ação penal, na qual Guaranho é vítima em virtude das agressões que sofreu após atirar contra Arruda.
Por fim, a defesa ainda disse que o Ministério Público anexou um vídeo em que Guaranho foi interrogado sem a presença da defesa.
O juiz Hugo Michelini entendeu que, como as agressões ocorreram após o fato que seria julgado nesta quinta, o homicídio de Marcelo Arruda, a inclusão dos documentos não interferiria no julgamento.
Ele também negou os demais pedidos da defesa de Guaranho. Em seguida, a defesa abandonou o plenário e o júri foi suspenso, momento em que foi anunciada a nova data.
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