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Curitiba tem o segundo menor índice de gravidez na adolescência entre as capitais

03/02/2025


Capital paranaense ficou atrás de Florianópolis



Pelo sétimo ano consecutivo, Curitiba registrou queda no número de adolescentes grávidas. De acordo com os dados mais recentes, em 2023, 5,3% das gestantes da capital paranaense eram adolescentes. Em 2022, 6% das grávidas da cidade tinham idades entre 10 e 19 anos. Isso representa uma redução de 11,6% de um ano para o outro. É o menor índice já registrado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) desde 1998.


No Brasil, Curitiba é a segunda capital melhor ranqueada na questão da gravidez na adolescência, atrás apenas de Florianópolis (SC). O índice curitibano está bem abaixo da média nacional, que é de 12%, e da média estadual, de 9,5%, segundo dados preliminares de 2023 disponibilizados no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde.


A redução progressiva do número de adolescentes grávidas é resultado de uma grande parceria, em um trabalho integrado entre as Secretarias de Saúde, Educação e a Fundação de Ação Social, ancorado pela Rede Mãe Curitibana Vale a Vida, da Prefeitura de Curitiba.


De acordo com a coordenadora da área de Saúde Reprodutiva da SMS, Ângela Leite Mendes, a abordagem multissetorial feita com os adolescentes é um diferencial que garante os bons índices.


“É um trabalho que vem sendo feito desde 2019. São capacitações, conversas entre as secretarias e também com os profissionais que atuam dentro e fora das unidades de saúde”, disse Ângela.


A secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak, reforça que considera essa questão como uma prioridade.


“Nossas equipes estão preparadas para orientar os jovens e acima de tudo disponibilizar informações qualificadas sobre saúde reprodutiva e os métodos contraceptivos disponíveis”, explicou a secretária.


Na prática, essa parceria entre as Secretarias de Saúde, Educação e Fundação de Ação Social acontece através dos programas #TAMOJUNTO, ELOS , Famílias Fortes e Programa Saúde na Escola (PSE). Eles trabalham com abordagens de saúde reprodutiva e prevenção a comportamentos de risco, como a iniciação sexual precoce e o uso de drogas e álcool. Flávia Silva, técnica em prevenção e promoção da saúde da SMS acrescenta que também há ações para fortalecer os vínculos familiares, em ambientes de maior vulnerabilidade social.


“O objetivo de todas essas iniciativas é estimular o pensamento crítico através de abordagens de situações reais e como lidar com isso”, detalhou.


Na FAS, o tema da gravidez precoce é trabalhado nos grupos de convivência do Serviço de Atenção Integral à Família, que reúne principalmente mulheres e adolescentes. Isso acontece nos 39 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) existentes em Curitiba. E, como tudo é integrado, o assunto é tratado por equipes da Saúde. “É um trabalho socioeducativo que busca levar cada vez mais informações para as mães e adolescentes”, explica a diretora de Proteção Social Básica da FAZ, Cintia Aumann.

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