03/08/2023
Acordo prevê pagamentos em três parcelas anuais

O Coritiba está recebendo mais um bom dinheiro. A Liga Forte Futebol (LFF), que reúne 28 clubes brasileiros e que tenta assumir o controle da organização do Campeonato Brasileiro a partir de 2025, confirmou o pagamento adiantado de valores de direitos comerciais. Com um acordo fechado com um fundo norte-americano e uma empresa de Curitiba, a LFF tenta ficar novamente com um passo à frente da Libra, que reúne 16 equipes e também quer tocar a futura liga.
A LFF surgiu da tentativa de vários clubes da Série A encontrarem uma forma de distribuição mais justa dos direitos de TV. O Coritiba é um dos membros fundadores da Forte Futebol, mas a mudança para a SAF provocou um breve ruído – a Treecorp reavaliou a adesão alviverde à entidade, voltando apenas em um grupo com Botafogo, Cruzeiro e Vasco. Como ‘pontas de lança’ do grupo estão Fluminense, Athletico e Internacional, além de outros clubes da Série A, como Goiás e América-MG.
O acordo fechado da LFF com a paranaense Life Capital e com a americana Serengeti prevê o pagamento total de R$ 2,3 bilhões por 20% dos direitos comerciais do Brasileirão por 50 anos, a partir de 2025. Esse valor pode chegar a R$ 4 bi. A data é essa porque o contrato com a TV Globo termina em dezembro de 2024. Em relação aos direitos de transmissão, o grupo fechou parceria com a Livemode. A consultoria de gestão da Forte Futebol é feita pela Alvarez & Marsal, empresa contratada pela Treecorp para assessorar a transformação em SAF.
O adiantamento da Forte Futebol teve como principal objetivo impedir a saída de clubes para a Libra. Nas últimas semanas, Atlético-MG e Sampaio Corrêa atravessaram a ponte, dando um sinal de alerta para a LFF. Como Serengeti e Life Capital ainda não podem repassar os valores, quem está pagando esse primeiro valor é a XP Investimentos, que faz a consultoria econômica para os 28 clubes, entre eles o Coritiba.
Pela divisão do bolo, o Coritiba vai receber R$ 32 milhões neste primeiro momento. Entre os clubes, é o quarto maior valor, atrás apenas de Cruzeiro, Internacional e Fluminense. No total, o Coxa receberá R$ 159 milhões em três parcelas anuais. Esse valor entra no caixa da Treecorp, que irá usá-lo em investimentos dentro do clube, como a construção do novo CT e a reconstrução do Couto Pereira.
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