27/07/2024
Por iniciativa dos produtores , a retirada das ostras dos meios de cultivo já estava suspensa
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa PR) determinou nesta sexta-feira (26) a proibição, por tempo indeterminado, do comércio e consumo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões cultivados ou extraídos da baía de Guaratuba, no Litoral do Paraná. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR ) comunicou que por meio de exames laboratoriais de ostras desta área foi detectada a presença da ficotoxina ácido ocadáico (DSP), acima do limite máximo permitido pela legislação federal.
Por iniciativa dos produtores de Guaratuba, a retirada das ostras dos meios de cultivo já estava suspensa desde o início das investigações. Neste sentido a ADAPAR reforçou aos produtores de ostras de Guaratuba em não realizar a retirada da mesma para a comercialização.
De acordo com explicação da Sesa, a DSP é produzida por microalgas marinhas que se proliferam excessivamente resultando no fenômeno da maré vermelha. O fenômeno é temporário caracterizado pela mudança na coloração da água na superfície do mar que adquire coloração avermelhada. Na ocorrência da maré vermelha, os moluscos, por se alimentaram de microalgas, podem se tornar contaminados pela toxina em questão.
As coletas de duas amostras das ostras foram realizadas na baía de Guaratuba, sendo que uma apresentou FQ 000 Equivalentes ao ácido ocadáico de 183,8µg/kg, sendo o limite máximo permitido para consumo de 160µg/kg. A outra amostra se apresentou dentro do limite (157,5µg).
Essa floração de algas e os níveis elevados dessa ficotoxinas já estavam sendo apresentados em cultivos no estado vizinho de Santa Cataria e comunicados pelo Centro de Estudos do Mar CEM/UFPR, o que alertou a ADAPAR para realizar as coletas de amostras e enviar para análise no laboratório de referência do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Perigos
A toxina (DSP) produzida pela alga pode causar problemas de saúde ao consumidor, incluindo dores abdominais, náuseas, vômitos e diarreia. Na próxima semana provavelmente serão realizadas novas amostragens para detectar os níveis de contaminação nos cultivos, para que se possa liberar a retirada e o consumo das mesmas.
Em caso de sintomas, a orientação aos consumidores desses produtos é que procurem atendimento na unidade de saúde mais próxima e realizem a notificação a Vigilância Epidemiológica ou a Vigilância Sanitária municipal.
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