23/09/2024
De acordo com o Ministério da Saúde do país 1.024 pessoas ficaram feridas

O Ministério da Saúde do Líbano disse que 274 pessoas morreram e mais de 1.024 ficaram feridas depois de Israel lançar um ataque aéreo amplo no país. Pouco antes, as Forças de Defesas de Israel haviam alertado a população civil para que se afastassem "imediatamente" de supostas posições e depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.
Entre os mortos estão 21 crianças e 31 mulheres, segundo as autoridades.
Com os ataques, esta segunda-feira (23) se torna o dia mais sangrento no país em mais de 18 anos, desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah. Segundo o governo libanês, os mortos e feridos no ataque incluem mulheres, crianças e profissionais de saúde.
Cerca de 800 alvos do grupo foram atacados, segundo os militares israelenses. O bombardeio desta segunda é o mais amplo territorialmente já conduzido desde o início da troca de agressões entre as duas partes, há quase um ano.
Os moradores das regiões do Líbano atacadas receberam mensagens de texto e de voz enviadas por Israel alertando sobre a iminência dos ataques.
Esse foi o primeiro alerta do tipo em quase um ano de conflito em constante escalada entre Israel e Hezbollah. O aviso foi enviado após uma intensa troca de tiros no domingo (22), quando o Hezbollah lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones no norte de Israel. Os ataques foram uma retaliação ao bombardeio israelense que matou cerca de dez comandantes do grupo extremista, sendo um deles do alto escalão.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, denunciou um "plano de destruição" executado por Israel.
"A agressão persistente de Israel contra o Líbano é uma guerra de extermínio em todos os aspectos, um plano de destruição que pretende pulverizar os vilarejos e cidades libaneses", afirmou Mikati em um comunicado, no qual pede à ONU e aos "países influentes" para "dissuadir a agressão".
O ministro do Interior do Líbano disse que vai converter escolas em abrigos em Beirute, Trípoli e no sul do país para lidar com o "intenso deslocamento" de libaneses no país. As aulas em escolas e universidades foram canceladas.
Já o Ministério da Saúde ordenou que as cirurgias eletivas sejam canceladas em todos os hospitais para que as unidades de saúde tenham espaço para receber os feridos nos bombardeios.
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