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Bolsonaro recua e evita criminalizar países por compra de madeira

  • Foto do escritor: JORNALE
    JORNALE
  • 20 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

20/11/2020


Presidente tinha dito que iria divulgar quem compra madeira da Amazônia



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recuou promessa que havia feito de revelar o nome dos países que importam madeira extraída de forma ilegal do Brasil, evitou criminalizar as nações e culpou as empresas que importam o material.


Na quarta-feira (18), Bolsonaro disse a apoiadores na frente do Palácio da Alvorada que daria nesta quinta, durante a live que faz semanalmente, a lista de países que importam madeira ilegal.


No dia anterior, na terça (17), em reunião da cúpula dos Brics, o presidente se queixou de “ataques injustificáveis” à política ambiental do governo e ameaçou tornar públicos os países que são receptores de carga clandestina.


Na live, o presidente falou genericamente sobre países que recebem os produtos brasileiros e citou a França ao se referir o país como o “principal obstáculo” para a concretização do acordo comercial do Mercosul e da União Europeia.


“Se você pega um montante de ipê, por exemplo, entre vários países, aquele montante é muito superior do que é permitido extrair em reserva legal, área de manejo. Augusto [Nunes] fez diretamente [a pergunta sobre] a França porque a França é uma concorrente nosso em commodities”, disse o presidente.


“O grande problema nosso para a gente avançar no acordo da união europeia com Mercosul é exatamente na França. Estamos fazendo o possível, mas a rança, em defesa própria, ela nos atrapalha no tocante a isso daí”, continuou.


O acordo foi fechado no ano passado, mas não foi concretizado. Um dos obstáculos é a questão ambiental. Países europeus querem compromissos de que o Brasil vai cumprir metas ambientais.


Nesta quinta, o presidente também disse que tem a relação de empresas que compram a madeira ilegal e os países que a sediam. Diferentemente do discurso anterior, porém, Bolsonaro buscou focar a acusação nas companhias.


Horas antes, o vice-presidente Hamilton Mourão havia minimizado a declaração original de Bolsonaro, afirmando que era “muito claro” que o presidente se referira a companhias.


“Nós temos aqui os nomes das empresas que importam isso a que países pertencem”, disse o presidente em sua live. “A gente não vai acusar o país A, B ou C de estar cometendo um crime, mas as empresas desses países, sim”, afirmou.

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