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Baiano radicado em Curitiba, Aly Muritiba quer ver seu filme 'Deserto Particular' concorrer ao Oscar

21/10/2021


Festival de Cinema de Veneza elegeu o longa brasileiro como melhor filme



2021 é um grande ano para Aly Muritiba, diretor baiano radicado em Curitiba. A adaptação em formato de série documental do podcast O Caso Evandro para a Globoplay foi um sucesso comercial e pautou discussões em âmbito estadual sobre tortura e direitos humanos; Jesus Kid, adaptação do romance homônimo de Lourenço Mutarelli, rendeu a ele prêmios no Festival de Gramado – repetindo o feito de Ferrugem, também premiado em Sundance, a Meca do cinema independente americano; e Deserto Particular não apenas saiu do prestigiado Festival de Cinema de Veneza com o título de Melhor Filme, como foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais para representar o Brasil no Oscar 2022.


Há ainda um longo caminho para que Muritiba possa se tornar o primeiro brasileiro a ostentar um icônico careca dourado na estante de casa, mas ele está disposto a trilhar o caminho. Nascido no interior da Bahia, em Mairi, ele mora em Curitiba desde 2003 e boa parte da sua produção tem o Paraná como cenário. A Fábrica, por exemplo, possui como pano de fundo o sistema penitenciário. Para Minha Amada Morta é um thriller sufocante com takes de Curitiba.


Boa parte da inspiração também vem da vivência com outros alunos do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), onde estudou a partir de 2006. Nesta entrevista, concedida à Superintendência da Cultura do Paraná, Muritiba reflete sobre seu momento cinematográfico, inspirações, metáforas futebolísticas, passado, chancela dos festivais internacionais e a volta para casa.


Até este ano apenas seis filmes brasileiros figuraram na lista final de indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional: O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996), O Que é Isso, Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999). Nenhum ganhou.


Deserto Particular narra a história de Daniel, policial exemplar que acaba cometendo um erro que coloca em risco sua carreira. Quando nada mais parece o prender ao Paraná, parte em busca de Sara, mulher com quem se relaciona virtualmente. O filme estreia nos cinemas em novembro.


Foto: Reprodução

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