Anvisa libera Remdesivir para tratar Covid-19
- JORNALE
- 12 de mar. de 2021
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12/03/2021
Agência também deu registro definitivo para vacina de Oxford

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (12), o registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com Covid-19, o antiviral remdesivir, que ainda está em estudos.
O Remdesivir é um antiviral usado de forma intravenosa (injetado). Ele funciona impedindo a replicação do vírus. No Brasil, deve ser usado em adultos e adolescentes com mais de 40 kg hospitalizados com pneumonia. Nos EUA, é usado desde novembro, mas a OMS desaconselhou o uso e não poderá ser administrado em paciente que esteja em ventilação mecânica;
O medicamento poderá ser usado, segundo o registro, em adultos e adolescentes com mais de 12 anos e que pesem pelo menos 40 kg, hospitalizados com quadro de pneumonia, e que requerem administração suplementar de oxigênio, mas desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica.
Um estudo usado pela Anvisa para justificar a liberação apontou que os pacientes que tomaram o medicamento se recuperaram mais rapidamente que os demais: os que receberam o remdesivir tiveram melhora clínica em 10 dias, enquanto que os que não receberam a terapia tiveram melhora em 15 dias.
Nos estudos, nenhum dos pacientes que utilizou o antiviral morreu. Entre os efeitos adversos, foi observado, em alguns casos, toxidade no rim.
O Remdesivir é produzido pela biofarmaceutica Gilead Sciences e o seu nome comercial é Veklury. Trata-se de um medicamento sintético usado de forma intravenosa (injetado na veia). Ele age impedindo a replicação viral.
O medicamento já está sendo usado de maneira emergencial nos Estados Unidos desde novembro. Por lá, ele também é usado em adultos e crianças a partir de 12 anos que estejam hospitalizadas, e só pode ser administrado por via injetável em um centro médico ou meio equivalente. Outra autorização emergencial foi acordada paralelamente para crianças com menos de 12 anos que pesem pelo menos 3,5 quilos.
Em outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o Remdesivir não é recomendado para pacientes hospitalizados com Covid-19, uma vez que o antiviral não evita mortes, nem o agravamento da doença.
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