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Falas de Bolsonaro sobre trabalho infantil põem produtos brasileiros em risco

  • Foto do escritor: jornale
    jornale
  • 17 de ago. de 2019
  • 1 min de leitura

Procurador do Trabalho alerta para regras internacionais



Declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro sobre trabalho infantil e trabalho análogo ao escravo podem levar empresas e governos estrangeiros a restringir a compra de produtos brasileiros, o que causaria prejuízo a empresas nacionais, segundo afirmou o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury.


No início de julho, Bolsonaro disse que não defende o trabalho infantil, mas afirmou que "o trabalho dignifica o homem, a mulher, não importa a idade". O presidente chegou a citar o próprio exemplo, contou que começou a trabalhar aos oito anos "plantando milho, colhendo banana", e disse que isso "fez muito bem" a ele.


No final de julho, Bolsonaro criticou a emenda constitucional que pune com expropriação a propriedade rural que pratica trabalho análogo ao escravo. Bolsonaro também defendeu uma definição clara do que é "trabalho análogo à escravidão" a fim de se dar mais "garantia" aos empregadores.


Para o procurador-geral do Trabalho, que deixa o cargo na próxima semana, as falas do presidente preocupam. O risco, segundo ele, é que empresas estrangeiras e governos identifiquem nas falas de Bolsonaro indícios de que o governo brasileiro reduzirá esforços para combater o trabalho infantil e o análogo ao escravo.


"As marcas lá fora vão querer ter o seu produto associado a um país onde há uma defesa pública do trabalho infantil?", questiona Fleury, se referindo à fala de Bolsonaro do começo de julho.


O procurador citou o exemplo da empresa sueca Paradiset, maior rede supermercados da Escandinávia, que anunciou no começo de junho que deixaria de importar produtos do Brasil devido a notícias sobre a liberação de pesticidas e aumento do desmatamento.

 
 
 

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