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Site diz que Lava Jato planejou buscar na Suíça provas contra Gilmar Mendes

  • Foto do escritor: jornale
    jornale
  • 6 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Novos trechos de mensagens foram divulgados nesta terça pelos sites El País e Intercept



O site El País, em parceria com The Intercept, publicou nesta terça-feira (6) novas mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato e vazadas do aplicativo Telegram. Segundo o site, as mensagens mostrariam que os procuradores da força-tarefa fizeram um esforço de coleta de dados sobre o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o que é proibido.


A reportagem diz que, liderados por Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, procuradores e assistentes teriam planejado acionar investigadores na Suíça para tentar reunir munição contra o ministro Gilmar Mendes, ainda que buscar apurar fatos ligados a um integrante de Corte superior extrapolasse suas competências constitucionais.


Os procuradores teriam se mostrado animados em 19 de fevereiro deste ano. “Gente essa história do Gilmar hoje!! (...) Justo hoje!!! (...) que Paulo Preto foi preso”, teria dito Dallagnol no chat que reúne procuradores da força-tarefa.


Segundo o El País Brasil, a conversa então teria se desenrolado e revelado a ideia de rastrear um possível elo entre Gilmar Mendes e Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, preso em Curitiba e apontado como operador financeiro do PSDB. O site afirma que a aposta era que Gilmar Mendes, que já havia concedido dois habeas corpus em favor de Paulo Vieira de Souza, aparecesse como beneficiário de contas e cartões que o operador mantinha na Suíça, um material que já estava sob escrutínio dos investigadores do país europeu.


No que seria uma referência aos cartões de Paulo Vieira de Souza, o procurador Roberson Pozzobon teria dito: “Vai que tem um para o Gilmar… hehehe”. O site diz que a possibilidade de apurar dados a respeito de um ministro do Supremo é tratada com ironia. O procurador Athayde Ribeiro da Costa teria respondido: “Você estaria investigando ministro do Supremo, Robinho. Não pode”. Pozzobon então teria escrito: “Não que estejamos procurando. Mas vaaaai que…”.


Na sequência, Dallagnol teria reforçado que o pedido à Suíça deveria ter enfoque mais específico. “Acho que vale falar com os suíços sobre a estratégia e eventualmente aditar pra pedir esse cartão em específico e outros vinculados à mesma conta. Talvez vejam lá como algo separado da conta e por isso não veio. Afinal diz respeito a outra pessoa.”

 
 
 

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