PM diz que incêndio na CIC foi provocado pelo crime organizado

Casas foram destruídas na mesma região em que PM foi morto

O comando da Polícia Militar do Paraná afirmou, neste sábado, que o incêndio que começou no fim da noite de sexta-feira (7) na Invasão 29, na Vila Corbélia, Cidade Industrial de Curitiba, foi causado pelo crime organizado. De acordo com os policiais, houve uma retaliação porque alguns moradores teriam cooperado com a polícia durante as investigações da morte do soldado Erick Norio, na madrugada anterior.

A Secretaria de Segurança Publica determinou à Polícia Civil a apuração rigorosa das causas do incêndio. Segundo o rescaldo do Corpo de Bombeiros, o fogo destruiu 300 casas, o que seria praticamente todas. O fogo teria começado depois das 22 horas e as chamas se alastraram rapidamente nas casas de madeira.

Bombeiros foram acionados para tentar controlar as chamas e trabalharam durante toda a madrugada. Moradores das áreas tiveram que fugir às pressas. De acordo com as informações não houve feridos no incêndio, mas dois bombeiros teriam se ferido durante o combate as chamas.

A Prefeitura de Curitiba disse que acionou a Defesa Social, a Guarda Municipal, a Fundação de Ação Social (FAS), a Secretaria Municipal da Educação, a Secretaria Municipal da Saúde para dar auxílio aos moradores. Nesta manhã de sábado,8, cerca de 80 pessoas foram abrigadas na Escola Municipal Doutor Hamilton Calderari Leal. Elas receberam colchão, cobertores e alimentos. Ainda conforme a administração pública, o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) também está aberto para atendimento à população.

Moradores da região afirmaram que o fogo teria sido provocado por policiais militares que teriam como intenção vingar a morte do policial militar. Outros moradores relataram tiros e arrombamentos nas casas e denunciaram o ocorrido ao Ministério Público e à Defensoria Pública. Integrantes dos dois órgãos teriam ido até o local do incêndio.