Ainda não foram registrados casos de transmissão para outros animais

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) orienta a população a evitar o contato com morcegos, estejam mortos ou vivos. Desde o início do ano até o momento, a secretaria enviou para testagem 199 morcegos. Seis deles tiveram resultado positivo para o vírus da raiva. Todos eram insetívoros (se alimentam de insetos) ou frugívoros (se alimentam de frutas).
De acordo com a coordenadora da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) da SMS, Ana Paula Mafra Poleto, “este número de morcegos positivos para a raiva não representa surto ou aumento de casos, mas mostra que, assim como em anos anteriores, o vírus continua circulando e, por isso, as precauções contra a doença precisam ser mantidas.”
No ano passado, foram testados 226 morcegos e dez resultaram positivo. Ou seja, 4,4%. Em 2018, a incidência está em 3%, é considerada baixa.
Curitiba não registra casos de raiva em felinos desde 2010; em caninos desde 1981; e em humanos desde 1975.
Mesmo com a incidência baixa é importante monitorar a circulação do vírus da raiva, para prevenir que cães e gatos sejam contaminados e, consequentemente, para que não haja transmissão para humanos.
Ao encontrar um morcego em situação incomum (caído no chão, dentro de casa, caçado por cão e gato, entre outros), a indicação é isolar o local onde o animal foi encontrado ou prendê-lo com um balde, caso esteja no chão.
Em seguida, recomenda-se registrar a solicitação de remoção pelo telefone 156 e aguardar o contato de um técnico da UVZ. “Indicamos que a pessoa não tente capturar o morcego e de forma alguma toque no animal”, orienta Ana Paula.
A UVZ vai até o local, realiza a remoção do morcego, faz a vacinação de cães e gatos que possam ter tido contato e dá orientações. Em seguida, o morcego é encaminhado para exame.
Estas medidas fazem parte do trabalho preventivo de rotina da UVZ, que se complementa com o monitoramento de cães e gatos suspeitos, cujas notificações são enviadas pelos veterinários. “Essas ações da UVZ, junto com a colaboração da população, são importantes para mantermos a doença sob controle”, diz Ana Paula.
Ana Paula ressalta que a grande maioria dos morcegos encontra-se saudável e tem papel biológico importante no controle de insetos e na disseminação de sementes. Desta forma, não se deve matar estes animais.