Área desmatada da Amazônia em 2022 é 8 vezes maior que a cidade do Rio
- JORNALE
- 18 de out. de 2022
- 2 min de leitura
18/10/2022
Dados apontam que de janeiro a setembro deste ano foram derrubados 9.069 km² de floresta

De janeiro a setembro de 2022, a área de floresta derrubada na Amazônia Legal atingiu 9.069 km², um número quase oito vezes maior que a cidade do Rio de Janeiro.
Os dados, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), mostram que a área de floresta desmatada da região (que corresponde a 59% do território brasileiro) foi a maior dos últimos 15 anos.
O levantamento leva em conta o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto, que diferem da metodologia do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo o Imazon, os satélites usados são mais refinados que os dos sistemas do governo e são capazes de detectar áreas devastadas a partir de 1 hectare, enquanto os alertas do Inpe levam em conta áreas maiores que 3 hectares (entenda mais abaixo).
“Esses altos níveis de destruição não só ameaçam a biodiversidade e os povos e comunidades tradicionais, mas afetam também a vida de toda a população brasileira. A derrubada da floresta impacta no aumento das emissões dos gases do efeito estufa, que são os grandes responsáveis pela mudança climática e pelos eventos extremos”, ressalta a pesquisadora do Imazon Bianca Santos.
Ainda de acordo com os novos dados do Imazon, a degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas cresceu quase 5 vezes.
A área degradada passou de 1.137 km² em setembro de 2021 para 5.214 km² em setembro de 2022, uma alta de 359%.
Além disso, em setembro, apenas dois estados concentraram 96% da área degradada na Amazônia: Mato Grosso, com 3.865 km² afetados (74%), e Pará, com 1.127 km² (22%).
“Grande parte das áreas degradadas na floresta amazônica em setembro estão relacionadas às queimadas, que oferecem risco à saúde pública. Diversos estudos as associam com o aumento dos problemas respiratórios e não só na população amazônica, pois a fumaça das queimadas pode chegar a outras regiões do país”, acrescenta a pesquisadora do Instituto.
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