Fachin nega prisão domiciliar para Meurer

Ex-deputado paranaense foi o primeiro político condenado pelo STF na Lava Jato

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido para colocar o ex-deputado Nelson Meurer (PP-PR) em prisão domiciliar humanitária em função da pandemia do coronavírus.

O ex-deputado foi o primeiro político condenado pelo Supremo na Lava Jato e está preso desde outubro do ano passado. Ele foi condenado a 13 anos, nove meses e dez dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Para pedir a saída da prisão, a defesa de Meurer usou uma resolução do Conselho Nacional de Justiça, que orientou a Justiça a adotar uma série de medidas de prevenção ao coronavírus no sistema prisional.

Os advogados argumentaram que Meurer faz parte do grupo de risco por ter 78 anos de idade e doenças crônicas. Segundo a defesa, ele é portador de diabetes e problemas cardíacos, que podem ser agravados em caso de contaminação pelo coronavírus.

A Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestou no Supremo contra a prisão domiciliar do ex-deputado.

Segundo a denúncia da PGR, Meurer teria recebido R$ 29,7 milhões em 99 repasses mensais de R$ 300 mil, operacionalizados pelo doleiro Alberto Youssef.